Mestre Tarley
domingo, 11 de janeiro de 2009
Aqui escrevo não elogios e muito menos criticas, apenas digo o que penso sobre o individuo em questão.
O que dizer sobre alguém com uma tão bela vocação e ainda mais que a cegue. Alguém que dedica sua vida aos outros, que se importa com pessoas que conhece só de vista. Dizer que essa pessoa é boa não basta.
Então para evitar que se torne pessoal vou ‘bolar’ um perfil, começando do zero. ‘Kara’ ‘legal’ de verdade; mostra erros e como conserta-los; é gentil; bom; honesto; quando mente não é por mal, é totalmente na brincadeira, e ainda de bom gosto; bom amigo; sabe ouvir e expressar sua opinião; perfil de paizão da turma.
Difícil dizer sem ir para o lado pessoal, mas já que eu estou escrevendo sobre um ser humano e não uma cafeteira, o meu lado jornalista sério que vá ‘curtir’ umas férias.
Um homem muito importante, principalmente para o CDB GT, foi ele que nos reuniu; ‘kara’ eu achava que o colégio era um ‘saco’, foi ouvindo ele que eu entendi que não adianta cursos, faculdade se eu não tiver o mínimo que eles pedem de mim; eu ouvi um amigo dizer que esse foi o melhor ano da vida dele só porque ele passou mais tempo com os amigos e ‘curtil’ novas experiências, como as entrevistas, coisa que nem imaginava fazer um dia.
Um ‘kara’ que vai deixar saudades, é estranho para eu sentir isso, com a carga de meditação que eu tenho, a idéia que eu tenho sobre o tempo, e a possibilidade de eu ir ‘encher o saco dele’ em Cuiabá. Nossa acho que sem querer fui até o Saara e topei com uma tempestade de areia, são só milhões de grãos de areia nos meus olhos, nem pergunta se eu to lacrimejando. Coisa mais louca, ser humano.
Sem duvida ele é um bom exemplo, mas esse lance de ser Salesiano não é para mim, to pensando em me formar, fatura uma “grana” limpa, deixa um suporte para a minha irmã e ir lá para o Tibete, quem sabe eu não me torno um monge de verdade, de cabeça raspada e tudo? Ou seria melhor virar um monge católico? Olha outra contribuição dele, não bastava saber que Deus existe, a minha forma de demonstrar isso tava bem errada, eu achava que Igreja era coisa de quem tava com medo de ir para o inferno e etc. Levei muito tempo para perceber que se eu queria ajudar as pessoas, ta ai uma boa fonte de como fazer.
E para terminar ao falar com algumas pessoas (só você mesma) sobre a ida dele, esses indivíduos demonstraram certo alivio. Não julgue um livro pela capa, no começo eu não ia com a cara dele, de cara eu não me dou bem com ninguém, me ousa e não se atreva a entrar no Orkut logo agora. Para você ter uma idéia do quanto eu sou seleto para com os meus amigos mal tenho vinte, deve ter a ver com o lobo solitário, algo assim. Em 2006 eu conheci um ‘kara’, durante um trabalho em sala, que viria a ser o meu melhor amigo, ele me perguntou:- “Você vai com a minha cara” e eu disse que não. É que nem o livro que eu comecei a ler, Dom Casmurro, de cara ‘achei’ que era sem graça, na primeira li vinte capítulos, e to adorando a história. Dê uma chance para as pessoas, a maioria é que nem o iceberg do Titanic, só está acima da água a parte que nos assusta, ou que agente tem medo, simplesmente não está na lista de coisas com que você gostaria de topar.
Como nos conhecemos
Não vou terminar assim, falei mais de mim. Vou do começo, desde o momento que o conheci.
Não lembro o mês, dia nem pergunte, mas foi no corredor, de vista mesmo. Se ele passou por mim muitas vezes, não lembro, mas deve ter sido. Não me considere mal educado, sou apenas desconfiado, durante as formações ele não arrancou nada alem de um bom dia duvidoso. Dos primeiros contatos não lembro a ordem, não sei se primeiro pedi autorização para fazer uso da sala de vídeo, ou foi o desabafo minutos antes da apresentação que gerou o grupo.
Desabafo, tava mais para dizer o quanto foi trabalhoso, chato e cansativo preparar a apresentação, enquanto eu e meu ‘mano’ Walbertt descarregávamos um no outro o ‘saco’ que era conseguir imagens com uma boa resolução, o Mestre começou a perguntar se nos interessávamos por tecnologia, informática e etc.
No começo eu não fazia parte do CDB GT, não sou um covarde, só não senti segurança no começo. Segundo contato, meu amigo já citado estava com uma revista minha muito importante e eu a queria de volta o mais rápido possível, estava no colégio organizando o teatro de Dom Bosco da minha sala, eu ‘acho’, como já estava lá antes de ir embora passei na sala de vídeo em busca da minha revista, eu tinha pedido para ele levar. Ao entrar na sala fui até bem recebido, bem até demais estava com presa e me fizeram ficar, fiz uma proposta já que senti ‘firmeza’, iria escrever textos para ir para o blog, aceitaram, me envergonho de ter um dia chamado o CDB GT de Cidade Dom Bosco Grupo Falta de Tecnologia. Nunca julgue um livro pela capa, sempre irei repetir talvez assim eu aprenda. Uma vez um grande amigo me fez assistir um filme sem graça sobre corrida, no começo ele me mandou prestar atenção, dois corredores um com um super carro e o outro com clássico não tunado, o do carro velho ganhou, ele me disse:- “Não importa o que você tenha o que vale mesmo é o quê você é capaz de fazer com isso”.
Para entrar para o grupo prometi fazer coisas que ainda não fiz, talvez eu seja um covarde, eu posso ter força suficiente para mover uma montanha, mas não faz parte de mim ter coragem. Eu nasci um elementor terra, coragem faz parte do fogo. Foi só semana passada que eu percebi que o metal é o único que pode ser qualquer coisa sem deixar de ser ele mesmo.
A amizade veio com o tempo, ele me mostrou umas fotos duma viagem dele a Itália, muito ‘legal’, ainda mais por que eu sou super a fim de visitar os berços da civilização.
O exemplo
Eu tive uma boa educação, mas sempre houve um abismo entre eu e o meu pai, não tenho raiva dele, não o odeio e nem o condeno, mas ele fez coisas que vão na contra mão do que eu aprendi...
Na primeira vez que eu assisti um filme da Uma Thurmam, foi Kill Bill Volume 2, numa das cenas ela disse que por o Bill ter crescido sem pai ele colecionou figuras paternas, eu considerei psicologia barata. De nada me valem livros, filmes; que falem sobre ética e honra, livros não mudam o timbre da voz e atores não se importam conosco.
Foi muito importante para mim telo conhecido, para você ter uma idéia do quanto ele é importante vou ter que inventar um desembaçador de óculos, se eu não quiser dar um curto no meu teclado.
Voltando a idéia de retrospectiva, surgiu numa conversa do Grupo o tema “caças”, não são o meu forte, mas conheço vários. Ele citou um tal Mig-35, só conhecia esse do Guinness. Ao levar uma revista minha contendo o dito cujo, me deparei com umas das conversas mais importantes da minha vida, nunca ninguém havia falado para mim a importância real da escola, que se eu não me interesso hoje por cultura isso nunca ia acontecer e eu ia acabar virando um cabeça de vento, o que é ética... Coisas que eu já sabia, mas para ele estar ali falando comigo, gastando o tempo dele isso deve ter um valor incalculável.
Difício dizer até logo
Nada nesse mundo é impossível, mas é complicado dizer um “até logo”. Uma visita de ambas as partes é complicada, não pela distancia, mas pelo tempo, ou melhor dizendo falta dele.
Creio que não conheça a lenda de “Demons of Razgriz”, os que conhecem se lembram do jovem capitão que liderou seu esquadrão numa missão suicida que salvou o mundo de uma arma fora de controle. Poucos sabem da vida dele, ele não ganhou esse posto totalmente por mérito, quando ainda era um recruta seu capitão sofreu uma ejeção e foi capturado, ele tomou o posto por ausência de um capacitado. Se ele tivesse tido o seu mestre do seu lado sempre não poderia ter mostrado do que é capaz. Isso pode ter acontecido comigo em um jogo, onde eu podia tentar sempre, não importava quantas vezes eu caísse; na vida real pode ser mais difícil, ou mais fácil, lá eu não tinha amigos como os daqui, e eu tenho o e-mail do meu Mestre. Só me dói o fato disso ter ocorrido de novo, nunca terminei algo desse tipo, talvez por isso eu tenha meditado tanto, queria descobrir sozinho o que alguém estava disposto a dizer.
Não é hora de drama está fora de moda, quem sabe no próximo verão. Tudo que eu posso dizer agora é um muito obrigado, para prevenir vão logo dois destinados ao Mestre Tarley, o ‘kara’ gordinho da pastoral, aposto que é assim que você o conhece.
Não quero acabar esse texto nunca, aquele meu melhor amigo também já citado dizia que eu mudava o timbre da voz e fazia com que ele fixasse o olhar apenas nos meus olhos quando mentia, em parte ele tem razão, no caso dele era mais fácil enganar assim. Espero que ele tenha descoberto quando sou totalmente sincero, é quando eu escrevo, esqueço do mundo, esqueço quem eu sou, minha mente fica livre de todo e qualquer pensamento que não seja inspiração. Terminar esse texto é como dizer que acabou, ou como se fosse um longo intervalo, eu desfragmento o HD do meu computador sempre, até quando o relatório diz que não é necessário, eu odeio espaços vazios porque boa parte da vida foi assim.
A minha vida é singular, ou a mais comum, eu adoro um clip que fizeram com o Final Fantasie, no final do primeiro, aquela luta. Aquilo vem acontecendo dentro de mim a muito tempo, quando a besta levanta vôo, eu sentia estar me perdendo do meu caminho; quando o herói a atinge, mas cai, é como quando eu perdi a esperança, não tinha mais por quê continuar, estava caindo quando amigos me estenderam a mão, não desistiram de mim, não podia desistir deles, estavam dispostos a me ajudar e me deram força para continuar. Amizade nunca foi o meu forte, mas lealdade é um dos meus pilares.
Na história O Conde de Monte Cristo, na prisão ele recebeu uma coisa que ninguém poderia tirar dele, sabedoria. Eu posso esquecer a minha cor favorita, que adoro lasanha; mas eu nunca vou perder o que ele me deu...
Desculpe se esperava mais desse texto, não consigo falar dele, é complicado, de nenhuma forma consigo dizer, como posso me atrever a escrever se as palavras me fogem. Então que vá uma nota sem graça, de umas duas ou três linhas.
A nota
Neste ultimo sábado, dia 10/01/09 o Mestre Tarley, um salesiano que atuou na pastoral da cidade Dom Bosco, deu adeus à cidade de Corumbá. Primeiramente ele irá para um retiro, posteriormente ele irá para sua terra natal Cuiabá, onde poderá visitar com mais frequência sua família.
Enfim o adeus
Quilômetros escritos, e tudo que eu pude dizer foi um muito obrigado. Talvez, mas é claro, escrevendo eu me livro de tudo, a única coisa que eu podia dizer sobre ele era um muito obrigado, dizer o quanto ele marcou minha vida e que eu nunca vou me esquecer dele. Descreve-lo, não poderia com palavras, dizer para não julgar um livro pela capa era a minha forma de dizer para buscar em sua mente qualquer coisa sobre ele, talvez você o conheça, olhe dentro de você, use suas lembranças e o pouco que eu disse sobre ele. Não pode dar errado, escrevi não com os dedos, mas com o meu coração.
Estou pronto para dizer:- Adeus Mestre Tarley, quem sabe até logo. “Quando o aluno está pronto, o mestre aparece”, é da Disney, mas é verdade.
E tchau para você também, de uma olhada nas outras publicações e vai ‘curtir’ os amigos no Orkut e MSN.
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